domingo, 2 de janeiro de 2011

2010...

Vamos falar do meu ano (passado).
2010 foi, pelo menos, intenso.

Começou (ou continuou) com um erro. Típico de mim, logo à meia-noite e um minuto a fazer asneiras. Logo à meia-noite e um minuto a ter dúvidas. Logo à meia-noite e um minuto a meter o pé na argola. Pergunto-me se deveria ter seguido a maré como fiz. Já de mim tento programar as coisas, e seguir a maré não é o meu forte. Sentir sem pensar no sentido é como calar o que existe.
Janeiro prosseguiu, com toda a minha capacidade de errar posta ao máximo. Errei, errei, errei e voltei a errar. Segundas oportunidades? Não valem a pena na maioria das vezes (ou até valem, mais tarde no tempo se viu), e digo isto da minha própria vivência.
Inconsciente outra vez. Até mete impressão. Olho para trás e penso "que raio queria eu fazer a seguir àquela atitude?" e coisas parecidas.
Janeiro passou, mas os erros não.
Em Fevereiro, os erros cresceram, tornaram-se maiores e mais ferozes. Parte da consciência voltou, a outra esqueceu-se de voltar, e só voltou meses depois.
Com isto, chega Março. Fim de um erro. Meia continuação de outro erro. Erros, erros, erros.
Abril. Mais um bocado do erro. Amizades tremidas, ilusões, tudo. Quase perdi a amizade que tinha com a minha melhor amiga por um mero erro. Claro, outras amizades floresceram, mas sabe-se lá como, também acabaram por mirrar.
Maio. Ilusões. Como era possível o meu cérebro achar que eu era feliz? Ainda não sei. Honestamente, posso dizer que mais cego é aquele que não vê nem quer ver.
Junho... Curso de fotografia a acabar, jantares no mac com a Sakura, amizade retomada? Sim. Curso de design a caminho, e lá fomos nós.
Julho foi um mês duro. Código, exame para entrar na universidade, isso tudo. Mais ilusão, mais inconsciência, mais confiança cega.
Agosto foi o pior no início, e a prova de que nenhum mal dura para sempre. Finalmente um erro disse-me adeus, e eu também. Se antes a história ainda estava por escrever, acabou nesse mesmo dia. E com um grande "FIM" estampado na testa, lá foi ele. Desvaneceu ao longo dos dias. Isto dos dias apenas prova que, apesar do sentimento, apesar da dor, apesar da desilusão, eu sou forte. Muitas das vezes, sou mais forte do que imagino. Precisei apenas de uma festa com música pimba e do facebook. Erros que dão certo. Meteram-me no facebook just because. Agora penso que, se não o tivessem feito, não estava como estou agora. E sim, festa com música pimba, a ecoar pelos bairros daqui das redondezas. Foi apenas disso que eu precisei para (acabar de) conhecer o João. Provavelmente cada um que ler isto já sabe que contei a história milhentas de vezes. 10 anos. Passámos um pelo outro durante 10 anos. Amigos comuns, moradas estupidamente próximas, mesmas escolas, tudo. Conhecemo-nos, finalmente. Posso afirmar, com segurança, que não parámos de falar desde que nos conhecemos. Ainda ferida, 'fugi' para Mirandela, 15 dias para o parque de campismo, com os meus avós. Medo de me magoar? Muito. Então fugi. Sentar-me à beira-rio e ver o pôr-do-sol, apenas eu comigo mesma. Ajudou-me a pôr as ideias em ordem... Aliás, ajudou-nos. Voltei, mais forte que nunca, e apesar de adorar o parque, adorei ainda mais voltar.
Setembro foi... ambíguo. Muito bom e também mau. A primeira quinzena foi simplesmente espectacular, como sabemos... Entrei em Psicologia, o curso que sempre quis. O resto do mês foi meio nhé.
Outubro continuou na mesma onda. Muita frustração, raiva, vontade de fugir. Não gostava das aulas. Não me conseguia, nem consigo, concentrar. Nem do resto todo gostava. Só gostava de parte do que aprendia.
Novembro, continuou na mesma linha de conta. Além de ser tedioso, e continuar frustrada como tudo, mais frustrações de adicionavam e empilhavam.
Dezembro... Provavelmente, mês de desilusão. Honestamente. Foi mais 'nhé' que 'yay'. Só começou a compensar nas férias e em certos aspectos.

E cá estamos. 1 de Janeiro de 2011. Olhando em perspectiva, o meu ano teve de tudo um pouco. Não me queixo. Teve grandes coisas boas, e pequenas coisas más, mesquinhices. As coisas boas compensaram tudo, sem dúvida.

Pessoas de quem eu gosto... Portem-se bem, por favor xD
A sério, só tenho um semestre de Psicologia feito (e muito mal feito, por sinal), não sou profissional e (ainda) sou humana! xD
Pessoas de quem eu não gosto... epá, morram xD
Não no sentido literal da coisa, mas arranjem com que se entreter, faz bem.

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